sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Project Gutenberg disponibiliza mais de 53 mil livros gratuitos

 Há mais de quatro décadas que o Project Gutenberg vem funcionando no meio digital. Esta iniciativa voluntária do americano Michael S. Hart visava a criação e distribuição de ebooks (Michael S. Hart é apontado como o criador dos livros digitais). Dispondo de um acervo com mais de cinquenta e três mil itens, a maior parte das obras existentes são de domínio público e vão ao encontro dos objetivos de promover, para qualquer público, a diversidade literária e científica existente.

A designação do projeto remete para a figura de Johannes Gutenberg, criador da prensa amovível e, desta forma, promotor de um novo método de difusão de conhecimento e de cultura por todo o mundo. Obras como a Bíblia foram assim propagadas pelo mundo, o que permitiu consciencializar e instruir bastantes países e dar o mote para a idealização e formalização do Iluminismo. A prensa criada por este alemão tornou-se fulcral na edificação de um mundo com muito maior acesso à informação e ao conhecimento, estes outrora limitados às classes assalariadas e para os eclesiásticos.

Os ficheiros estão disponibilizados em diversos formatos, incluindo em texto livre, HTML, PDF e até em EPUB. Com a maior parte dos ebooks a estar redigida em língua inglesa, há, apesar disso, também uma grande quantidade redigidos em língua portuguesa. Diversos autores, tais como Fernando Pessoa, Eça de Queirós ou Cesário Verde, figuram no top-100 de transferências em português a partir deste repositório cultural. Para a consolidação da extensa biblioteca digital, existem projetos afiliados de cariz regional e/ou nacional que disponibilizam alguns dos trabalhos do seu espectro geográfico; para a retificação de eventuais erros das obras digitalizadas, existe uma ligação com uma comunidade denominada Distributed Proofreaders.

O Project Gutenberg é de acesso livre e público e encontra-se também posicionado nas redes sociais. Para a sustentação do projeto, existe a possibilidade de se efetuar doações monetárias, isto para além das relações existentes com diferentes instituições que credibilizam toda esta iniciativa, que leva já quase meio século de existência.
Por Lucas Brandão, na Comunicade de Cultura e Arte


Shakespeare e o Direito. Para saber mais, clique aqui.