"La La Land: Cantando Estações" levou os prêmios de melhor filme de comédia ou musical; melhor diretor (Damien Chazelle); melhor ator (Ryan Gosling); melhor atriz (Emma Stone). EFE/Mike Nelson |
O musical "La La Land: Cantando
Estações" voou alto e fez história na 74ª edição do Globo de Ouro ao se
tornar no filme com o maior número de prêmios obtidos, um total de sete, todos
aos quais concorria.
"La La Land: Cantando Estações" levou os
prêmios de melhor filme de comédia ou musical; melhor diretor (Damien
Chazelle); melhor ator (Ryan Gosling); melhor atriz (Emma Stone); melhor
roteiro (Chazelle); melhor canção ("City of Stars") e melhor trilha
sonora original (Justin Hurwitz).
Esses sete troféus representam a melhor marca conseguida
na história do Globo de Ouro, superando os seis prêmios de "Um Estranho no
Ninho" (1975).
"Sonhemos com mais urgência, vivamos fervorosamente
e amemos mais profundamente", proclamou Mark Platt, produtor do filme, ao
receber a estatueta de melhor filme.
O filme conta a história de Mia (Emma Stone), uma jovem
candidata a atriz, e Sebastian (Ryan Gosling), um entregue músico de jazz, que
se conhecem em Los Angeles enquanto tentam tornar realidade seus sonhos, ao
mesmo tempo que enfrentam as frustrações dos inícios.
"Este filme é para os sonhadores", disse Stone,
após receber o primeiro Globo de Ouro de sua carreira.
Mas a emoção chegou, de forma inesperada, com a
dedicatória de Gosling para o irmão falecido de sua esposa, a atriz de origem
cubana Eva Mendes.
"Enquanto eu cantava, dançava e tocava o piano,
minha mulher criava a nossa filha, estava grávida de nossa segunda menina e
tentava ajudar seu irmão em sua batalha contra o câncer. Amor, obrigado",
disse emocionado o canadense, que dedicou o prêmio a Juan Carlos Mendes,
falecido em abril.
Chazelle, de 31 anos, triunfou em dobro vezes com os
reconhecimentos de melhor diretor e melhor roteiro.
"Obrigado a meus pais por crer em mim quando, com
três anos, lhes disse que queria fazer filmes", lembrou o realizador.
Além disso, Casey Affleck ("Manchester À
Beira-Mar") foi premiado como melhor ator de drama, na categoria que
concorriam Denzel Washington (Cercas), Andrew Garfield ("Até o Último
Homem"), Joel Edgerton ("Loving") e Viggo Mortensen
("Capitão Fantástico").
Na vertente feminina, foi a francesa Isabelle Huppert
("Elle") que levou Amy Adams ("A Chegada"), Jessica
Chastain ("Miss Sloane"), Natalie Portman ("Jackie") e Ruth
Negga ("Loving").
"Não deixem que o cinema levante fronteiras",
disse a parisiense de 63 anos, que viu também como "Elle" levava o
título de melhor filme estrangeiro frente.
"Isabel é o centro do filme e foi uma viagem
maravilhosa trabalhar com ela. Obrigado por teu talento e sua
autenticidade", disse o holandês Paul Verhoeven, diretor do filme.
Outra destaque foi a vitória de "Moonlight: Sob a
Luz do Luar", do cineasta afro-americano Barry Jenkins, de 37 anos, como
melhor filme de drama.
O que não pôde conseguir esse independente foi reconhecer
o trabalho de Mahershala Ali, favorito na categoria de melhor ator coadjuvante
, prêmio que foi para Aaron Taylor-Johnson por "Animais Noturnos", de
Tom Ford.
Além disso, e após cinco indicações, a que finalmente
pôde inscrever seu nome em um Globo de Ouro foi Viola Davis, agraciada como
melhor atriz coadjuvante por "Cercas".
"Graças à Associação da Imprensa Estrangeira de
Hollywood. Tirei todas as fotos possíveis e fui a todos os almoços. O prêmio
veio na hora", comentou entre risos a intérprete afro-americana sobre as
frequentes atividades desse reduzido grupo de cerca de 90 jornalistas,
encarregados de entregar estes prêmios.
Por último, "Zootopia" (de Walt Disney) ganhou
o prêmio de melhor filme de animação.
Por Antonio Martín Guirado, na EFE.