A Nasa lançou na noite desta terça-feira (23), às 22h21 pelo horário
do Pacífico (3h21 de quarta-feira em Brasília), sua primeira operação de defesa
para tentar desviar a trajetória de um asteroide.
A missão da agência espacial americana, batizada de
Dart, decolou da base de Vandenberg, na Califórnia (EUA), a bordo do foguete
Falcon 9, da Space X. Como o asteroide alvo não representa uma ameaça para a
Terra, alguns cientistas consideram que este é apenas um ensaio geral para
situações similares.
A sonda enviada pela agência espacial americana visa
atingir um asteroide a 11 milhões de quilômetros da Terra, tentando desviar sua
trajetória ao final de uma viagem que irá durar dez meses. Esta é uma missão
sem precedentes, destinada a testar a defesa planetária. “Asteroide Dimorphos,
estamos indo ao seu encontro”, tuitou a Nasa após o lançamento.
Dart (Double Asteroid Redirection Test ou Teste de
Redirecionamento de Asteroide Duplo em português) dispõe de uma sonda do
tamanho de um pequeno carro, que foi lançada para iniciar sua viagem poucos
minutos depois da decolagem do foguete Falcon 9. O alvo de Dart é Dimorphos, um
pequeno asteroide de 160 metros de diâmetro, que é satélite de Didymos, um
asteroide maior, com 800 metros de diâmetro. Essas dimensões são irrelevantes
em comparação, por exemplo, ao Chicxulub, que atingiu a Terra há 66 milhões
anos, causando a extinção dos dinossauros.
A Nasa envia Dart contra Dimorphos a uma velocidade de
24 mil km/hora, testando a capacidade da sonda de alterar a trajetória do
asteroide pela energia cinética. O impacto deve ocorrer entre 26 de setembro e
1º de outubro de 2022, quando o par de corpos celestes estará a 11 milhões de
km da Terra, o ponto mais próximo que podem chegar.
"O que estamos tentando aprender é como desviar
uma ameaça", disse o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zuburchen, em uma
coletiva de imprensa sobre este projeto inédito de US$ 330 milhões. Atualmente,
a agência lista pouco mais de 27,5 mil asteroides de todos os tamanhos próximos
à Terra e "nenhum deles representa uma ameaça nos próximos cem anos",
assegurou Zurbuchen.
Teste
"histórico"
A princípio, os asteroides não representam uma ameaça,
mas pertencem a uma classe conhecida como Objetos Próximos à Terra (NEOs, em
inglês). São asteroides e cometas que se encontram a menos de 50 milhões de
quilômetros do nosso planeta.
O Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da
Nasa foca seu interesse nos corpos celestes maiores que 140 metros, já que
estes têm o potencial de devastar cidades ou regiões inteiras, com uma energia
muitas vezes maior do que a de bombas nucleares.
Estima-se que existam cerca de 10 mil asteroides
próximos à Terra com esse tamanho, mas nenhum representa uma chance
significativa de impacto nos próximos cem anos. Mas também acredita-se que
apenas 40% desses asteroides foram localizados até o momento.
O fato é que cientistas podem criar impactos em
miniatura em laboratórios e usar os resultados para criar modelos sofisticados
de como desviar um asteroide, mas esses modelos são baseados em suposições
imperfeitas, por isso a motivação para realizar um teste no mundo real.
Este teste "será histórico", afirmou Tom
Statler, um cientista da Nasa que participa da missão. "Pela primeira vez,
a humanidade mudará o movimento de um corpo celeste natural no espaço."
"Laboratório
natural ideal"
Cientistas afirmam que estas rochas são um
"laboratório natural ideal" para o teste porque os telescópios
baseados na Terra podem medir facilmente a variação de brilho do sistema
Didymos-Dimorphos e calcular o tempo que Dimorphos demora para orbitar seu
“irmão maior”. Sua órbita nunca se cruza com o nosso planeta, o que proporciona
uma forma segura de medir o efeito do impacto.
Andy Rivkin, chefe da equipe de pesquisas de Dart,
revelou que o período orbital atual é de 11 horas e 55 minutos. A equipe espera
que o impacto reduza em 10 minutos a órbita de Dimorphos.
"É uma mudança muito pequena, mas pode ser tudo o
que precisamos para desviar um asteroide que colide com a Terra, se for
preciso, desde que tenhamos descoberto este asteroide a tempo", explicou
Tom Statler.
Há alguma incerteza sobre a quantidade de energia que o
impacto irá gerar, pois se desconhece a composição interna e a porosidade deste
pequeno satélite. Quanto mais detritos gerar, mais impulso Dimorphos terá.
"Cada vez que vamos rumo a um asteroide, encontramos coisas que não
esperávamos", acrescentou Andy Rivkin.
A nave espacial Dart, que também significa
"dardo" em inglês, contém instrumentos sofisticados de navegação e
obtenção de imagens, como o CubeSat, da Agência Espacial Italiana, que
observará o impacto e seus efeitos posteriores. A trajetória do Didymos também
pode ser sutilmente afetada, mas isso não alteraria significativamente seu
curso, nem colocaria em risco a Terra, também de acordo com os cientistas.
(Com
informações da Reuters e da AFP), RFI
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