sábado, 5 de setembro de 2015
Faça o download de 16 livros de Aluísio Azevedo gratuitamente
Da Universia Brasil
Caixeiro, comerciante, gerente de hotel, professor de gramática, guarda-livros, professor de desenho, jornalista, caricaturista e vice-cônsul. Estas foram algumas das várias facetas do escritor maranhense Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo.
Membro de uma das famílias mais cultas de São Luís, Aluísio Azevedo desde cedo mostrou aptidão para a arte, sobretudo no desenho, razão que o levou a estudar no Rio de Janeiro, na Academia Imperial de Belas-Artes.
No entanto, com a morte de seu pai, viu-se impelido a ajudar seus parentes durante o período de dificuldades financeiras. Encontrou nos textos românticos uma maneira de fazer dinheiro fácil, já que havia uma demanda das publicações e do público para obras deste estilo, e começou a escrever. Nesta primeira fase de produção literária, pode-se destacar seu livro de estreia “Uma lágrima de mulher”, de 1879, que conta a história do amor impossível de Miguel e Rosalina.
Com o passar dos anos, o escritor romântico foi dando espaço para o autor naturalista e sua atuação nos jornais e revistas da época tiveram grande influência nessa mudança de estética literária. Como caricaturista, publicou severas críticas à sociedade brasileira em veículos como “O Mequetrefe”, “O Fígaro” e “A Semana Ilustrada”, além de demonstrar preocupação com questões relativas à exploração dos imigrantes e aos problemas habitacionais – temas que acabou tratando nas obras “O Cortiço” e “Casa de Pensão”.
Diferentemente de autores como José de Alencar, o irmão do teatrólogo Artur Azevedo posicionava-se contra o sistema escravista. Para lutar contra a persistência deste modelo de trabalho e ainda reafirmar sua posição quanto à decadência que o clero representava na sociedade brasileira, o escritor foi colaborador do jornal “O Pensador”. Contudo, ratificou sua opinião de fato com a publicação do livro “O Mulato”, em 1881, dando o pontapé inicial para o Naturalismo no Brasil.
Influenciado por escritores estrangeiros, como Émile Zola e Eça de Queirós, introduziu nas suas narrativas elementos do determinismo e incluiu o zoomorfismo, a miséria e os vícios humanos. Além disso, temas antes nunca mencionados na literatura passaram a pertencer aos enredos, como foi o caso da homossexualidade e a população marginalizada no livro “O Cortiço”.
Vale ressaltar também que Aluísio emprestou ferramentas de outros dois ofícios para a criação destas obras. As visitas aos locais que ambientariam suas histórias e as conversas com pessoas que inspirariam suas personagens, por exemplo, podem ser relacionadas aos seus anos como jornalista. Já seu hábito de desenhar estes indivíduos tem origem no seu gosto pela arte e seu trabalho como caricaturista.
Além de romances, ele deixou peças de teatro, contos e crônicas antes de deixar a literatura de vez para seguir, como seu pai, a carreira de diplomata, em 1895.
A seguir, você poderá baixar 16 obras deste importante escritor brasileiro, incluindo “O Cortiço”, livro obrigatório da Fuvest 2016. Boa leitura!
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