O desafio dos chefes de Estado é pavimentar, em
bases sustentáveis, a recuperação de um mundo ainda abalado pela covid e por
conflito
Diante do quadro de guerra na Ucrânia, inflação em níveis
históricos nos países ricos, crise energética na Europa e, por fim, risco de
recessão global, os chefes de Estado do G20o, como é chamado o grupo das 20
maiores economias do mundo, voltam a se encontrar esta semana em Bali, na
Indonésia. O desafio será pavimentar, sob bases socioambientalmente
sustentáveis, a recuperação de um mundo que ainda sofre para se recuperar dos
estragos da pandemia.
Só
que, com as divergências entre as maiores potências do grupo em torno do
conflito no Leste Europeu, nada garante que, desta vez, haverá consenso na
redação de um documento final. Os últimos encontros terminaram sem comunicado
formal do grupo.
O
presidente russo, Vladimir Putin, enviará seu ministro de relações exteriores,
Sergei Lavrov. Contando com o apoio da China e a neutralidade de emergentes
como Índia, África do Sul e o próprio Brasil, caberá ao chanceler a missão de
frear a confecção de um documento que represente uma condenação categórica do
grupo à invasão de tropas russas na Ucrânia.
AGENDA.
Especialistas em relações internacionais veem espaço para avanços na agenda
ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando
nas reuniões do G20. Também há chance de maior acordo entre os países em torno
da recuperação econômica, do combate à inflação, da reestruturação de cadeias
produtivas e dos acordos comerciais.
'Por
outro lado, é improvável que o tema mais relevante, ou seja, a guerra na
Ucrânia, seja tratado a partir de algum tipo de consenso', diz Vinícius Múller,
professor de Economia da Eseg, faculdade do Grupo Etapa. 'Mesmo que haja uma
convergência entre França, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão, o
mesmo não deve ocorrer com a Índia e a China, que tendem a adotar posições mais
cautelosas em relação a qualquer tipo de condenação à Rússia. ' Economista e
doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, Igor Lucena diz
que a perspectiva de a guerra avançar nos próximos dias torna mais difícil um
alinhamento entre os membros do G20.
A
segurança alimentar, dado o risco de uma crise de alimentos já no ano que vem,
a vulnerabilidade energética da Europa, que busca fontes de energia substitutas
ao gás russo, e a digitalização das economias estão entre os assuntos que mais
devem pautar as reuniões entre chefes de Estado na terça e na quarta-feira, os
dias da cúpula. Há expectativa de o fortalecimento de acordos globais de
comércio ser defendido por China e União Europeia.
Preocupações
com a instabilidade na geopolítica também podem estimular debates envolvendo a
entrada de Suécia e Finlândia na Otan, a organização militar do Ocidente, bem
como as tensões entre China e Taiwan. Num esforço para estreitar as relações,
os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, terão na
segunda-feira, véspera da cúpula do G20, uma reunião bilateral. Será o primeiro
encontro presencial entre os dois líderes desde que Biden assumiu o posto.
'A
guerra ainda está em situação complicada, com a expectativa de destruição nos
próximos dias de estruturas civis próximas a Kiev'
Jornal O Estado de S. Paulo | Economia
& Negócios | EDUARDO LAGUNA
- - - - -
|
Para saber mais sobre o livro, clique aqui |
|
Para saber mais sobre o livro, clique aqui. |
|
Para saber mais, clique aqui. |
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui.
O autor:
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui.
-----------
|
Clique aqui para saber mais. |
|
Click here to learn more. |
|
Para saber mais, clique aqui. |