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Inteligência da transição: repertório acumulado no enfrentamento de desafios ao longo do tempo pode nos ajudar a viver a segunda metade da vida com qualidade — Foto: Davidqr para Pixabay |
Décadas atrás, as pessoas
reverenciavam o QI (quociente intelectual), que media a capacidade do intelecto
dos indivíduos. Os testes eram comuns e bastante valorizados, mas aos poucos
foi ficando claro que tais resultados, sozinhos, não eram suficientes para dar
conta da diversidade das habilidades humanas.
Foi quando o psicólogo
norte-americano Daniel Goleman cunhou o termo inteligência emocional, mostrando
que atributos como controle das emoções, empatia e sociabilidade eram fatores
cruciais para o bem-estar e o sucesso. Agora surge a expressão “inteligência da
transição” para se referir ao repertório acumulado no enfrentamento de desafios
ao longo do tempo, que pode nos ajudar a viver a segunda metade da vida com
qualidade.
Quem está por trás dessa
abordagem é Chip Conley, que já foi tema de coluna deste blog. Criador da
Modern Elder Academy, que poderíamos chamar de Academia dos Anciãos Modernos,
ou dos Novos Velhos, sua proposta é fazer uma “ressignificação” da meia-idade.
Conley cobra salgadíssimos US$ 700 por um mês de curso baseado em quatro
pilares: foco (exercícios de mindfulness para buscar o equilíbrio e deixar o
cérebro afiado), aprendizado (palestras de especialistas), reflexão (através da
criação de um diário) e o que acho mais rico e ele chama de conexão: dividir
com os integrantes do grupo as vivências acumuladas. “Sabedoria não se ensina,
se compartilha”, costuma dizer. Endosso 100%.
Carreira, saúde,
relacionamentos, propósitos: são questões que vêm à tona com outra intensidade
entre os 40 e 50 anos. O corpo não é o mesmo, assim como a libido. As doenças
crônicas nos rondam, as opções profissionais rareiam como os cabelos. O que
fazer nos próximos dez, 20, 30, 40 anos? Precisamos de tempo para processar as
mudanças e, principalmente, identificar uma direção a seguir. No entanto,
falamos pouco dos sentimentos de angústia e apreensão que nos assaltam nessa
fase. E, com frequência, esquecemos ou subestimamos a experiência que pode nos
auxiliar a tomar decisões.
Conley afirma que, embora
as transformações façam parte da existência, não há escolas, ferramentas ou suporte
social durante essa travessia: “o fundamental é criar uma trajetória que tenha
significado e seja profunda enquanto durar. A segunda metade da vida é
frequentemente definida por nossa busca por bem-estar, espiritualidade, senso
de comunidade e propósito”. Precisamos falar sobre nossas próximas décadas.
Elas importam, e muito.
Por Mariza Tavares, no
G1.com
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