sábado, 20 de fevereiro de 2016

Vencedor do Casa de Las Américas diz que biblioteca pode mudar vida



Vencedor do Casa de Las Américas diz que biblioteca pode mudar vida

Formado em Biblioteconomia, Letras Francês, Letras Tradução Francês, Filosofia e Teologia e fluente em oito línguas, Cristian Santos, servidor público da Câmara dos Deputados e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), acaba de receber um dos mais importantes prêmios literários da América Latina, o Casa de las Américas, na categoria literatura brasileira. Cristian foi premiado com o livro Devotos e devassos - Representação dos padres e beatas na literatura anticlerical brasileira, resultado da tese de mestrado feita pelo pesquisador na Universidade de Brasília (UnB).

O livro premiado traça um panorama da representação de personagens religiosos em três livros da segunda metade do século XIX considerados anticlericais: O Mulato e O Homem, de Aluísio Azevedo, e Morbus: Romance Patológico, de Farias Neves Sobrinho.

Segundo Cristian, a literatura e as bibliotecas o salvaram de uma condição de muita vulnerabilidade social. O brasiliense vendeu cocada dos nove aos 19 anos para comprar livros, materiais escolares, passagem de ônibus e ajudar em casa. Filho de pai carpinteiro e mãe empregada doméstica, o escritor viu nos livros uma oportunidade de mudar sua história.

Atualmente, o servidor público faz pós-doutorado na Fundação Casa de Rui Barbosa, órgão vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), e é orientado pela pesquisadora Isabel Lustosa. O foco de pesquisa verificar charges anticlericais que foram publicadas na imprensa brasileira no século XIX. As charges foram produzidas por jornais republicanos que defendiam a separação do estado e da igreja na mesma época dos romances analisados no livro.

Em entrevista ao MinC, Cristian conta mais sobre a importância do prêmio e o poder de mudança do livro e da biblioteca, entre outros temas.

Qual é a importância de receber um prêmio como este?
O prêmio é outorgado anualmente pela Casa de Las Américas, em Havana, capital de Cuba. É considerado um dos prêmios mais importantes de toda a América Latina e começou em 1960. Tem diversas categorias, como contos, teatros e, desde 1980, a categoria literatura brasileira foi incorporada. Em 2016, os textos indicados deveriam ser não ficcionais de críticas literárias. Era única categoria aberta para brasileiros. Além de receber o valor de 3 mil dólares em prêmio, a Casa de Las Américas irá traduzir o livro para o espanhol. A primeira edição em português teve uma tiragem de mil exemplares. Agora serão 10 mil.

Como é sua relação com a leitura?
Eu vim de uma família muito pobre e sempre fui muito apaixonado pela biblioteca perto da minha casa. Ali, eu me sentia igual a todo mundo, era um ambiente democrático e com um lindo jardim. Durante toda a minha infância e juventude, eu frequentei o espaço. Foi lá que nasceu o afeto pela literatura, tinha facilidade em localizar as fontes e quando tinha gincana na escola eu sabia onde tinha cada informação nos livros.

Como foi a sua carreira profissional e acadêmica?
Trabalhei por 10 anos na biblioteca do Superior Tribunal de Justiça. Posteriormente, passei no concurso da Câmara dos Deputados, onde estou até agora. Meu mestrado foi em ciência da informação, sobre os arquivos que existiam antes do final do regime do padroado até 1890. Naquela época, todos os registros eram feitos na Igreja, como nome, casamento e óbito. Só depois dessa separação que o Estado começou a produzir seus próprios documentos. Minha análise foi para saber a condição desses arquivos, que são importantes para a nossa história e ficaram aos cuidados da Igreja Católica.

Você tem prêmios no currículo. Quais são?
Fiz mestrado e doutorado na Universidade de Brasília. Meu mestrado, defendido em 2005, foi premiado pelo governo da Argentina no concurso latino-americano Fernando Baiz. O doutorado resultou neste meu livro, que foi indicado ao Prêmio Jabuti nas categorias capa e crítica literária. Agora veio o prêmio da Casa de Las Américas.

Pela sua história, como você vê o papel da literatura na sua vida e na vida das pessoas?
A literatura teve um papel de redenção, me salvou de muita vulnerabilidade social. Os meus pais sempre fomentaram para que eu estudasse. Eles diziam que a única oportunidade de sair daquela situação era com o estudo e eu encontrei isso na figura da biblioteca. Nos últimos anos, o Brasil passou a oferecer uma série de modalidades de incentivo ao estudo para os mais pobres. Eu não tive essa oportunidade, mas minha irmã mais nova está fazendo faculdade por causa desses incentivos. Eu usei da minha cara de pau para conseguir estudar, entregava cartas manuscritas nas escolas de línguas para conseguir bolsa. Uma história curiosa foi quando fui ao Instituto Cervantes falar com o diretor e ele me tratou muito mal, ele estava com vários problemas na escola. Decidi guardar a carta e no ano seguinte voltei e consegui a bolsa. Eu reconheço, eu provei que a biblioteca tem um papel mobilizador e pode transformar a vida das pessoas. É um espaço que garante que todos os grupos sejam valorizados.

Por Mariana Menezes, do MinC


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“As 100 mais belas fábulas da humanidade” é um livro especial.

Condensa em um só volume o referencial teórico sobre o assunto, as principais fábulas já elaboradas desde os idos de antes de Cristo, enfocando este rico, mágico e onírico universo.

Desta forma, conceitos e definições, as principais características deste gênero literário, o panorama da evolução das fábulas através dos tempos até romper no Brasil dos dias presentes, todo este referencial teórico encontra-se sistematizado e hierarquizado no primeiro capítulo.

Este capítulo apresenta uma panorâmica de como este gênero mantêm-se sintonizado com a atualidade: Monteiro Lobato, Millôr Fernandes, Rodoux Faugh, Manuel Maria Barbosa du Bocage, este escrita e, ainda, Esopo e Jean de La Fountaine.

O segundo capítulo mergulha no universo do mais importante escritor de fábulas de todos os tempos: o grego Esopo – o grande precursor. No total são mais de cem narrativas ilustradas expressando todas as nuances e facetas desta modalidade artística que provoca, instiga e ensina.

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 Pré lançamento do livro "Tiradentes, o mazombo: 20 contos dramáticos":

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Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral. 

São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas. 

Os contos: 
1. Tiradentes, o mazombo 
2. Nossa Senhora e seu dia de cão 
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara 
4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
13. O santuário dos skinheads 
14. A sorte lançada 
15. O mensageiro do diabo 
16. Michelle ou a Bomba F 
17. A dor que nem os espíritos suportam 
18. O estupro 
19. A hora 
20. As camas de cimento nu 

OUTRAS OBRAS DO AUTOR QUE O LEITOR ENCONTRA NAS LIVRARIAS amazon.com.br: 
A – LIVROS INFANTO-JUVENIS: 
Livro 1. As 100 mais belas fábulas da humanidade 

I – Coleção Educação, Teatro & Folclore (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. O coronel e o juízo final 
Livro 2. A noite do terror 
Livro 3. Lobisomem – O lobo que era homem 
Livro 4. Cobra Honorato 
Livro 5. A Mula sem cabeça 
Livro 6. Iara, a mãe d’água 
Livro 7. Caipora 
Livro 8. O Negrinho Pastoreiro 
Livro 9. Romãozinho, o fogo fátuo 
Livro 10. Saci Pererê 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. Não é melhor saber dividir 
Livro 2. Eu compro, tu compras, ele compra 
Livro 3. A cigarra e as formiguinhas 
Livro 4. A lebre e a tartaruga 
Livro 5. O galo e a raposa 
Livro 6. Todas as cores são legais 
Livro 7. Verde que te quero verde 
Livro 8. Como é bom ser diferente 
Livro 9. O bruxo Esculfield do castelo de Chamberleim 
Livro 10. Quem vai querer a nova escola 

III – Coleção Educação, Teatro & Democracia (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. A bruxa chegou... pequem a bruxa 
Livro 2. Carrossel azul 
Livro 3. Quem tenta agradar todo mundo não agrada ninguém 
Livro 4. O dia em que o mundo apagou 

IV – Coleção Educação, Teatro & História (peças teatrais juvenis): 
Livro 1. Todo dia é dia de independência 
Livro 2. Todo dia é dia de consciência negra 
Livro 3. Todo dia é dia de meio ambiente 
Livro 4. Todo dia é dia de índio 

V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. O mito de Sísifo 
Livro 2. O mito de Midas 
Livro 3. A Caixa de Pandora 
Livro 4. O mito de Édipo. 

B - TEORIA TEATRAL E DRAMATURGIA 
VI – ThM-Theater Movement: 
Livro 1. O teatro popular de bonecos Mané Beiçudo: 1.385 exercícios e laboratórios de teatro 
Livro 2. 555 exercícios, jogos e laboratórios para aprimorar a redação da peça teatral: a arte da dramaturgia 
Livro 3. Amor de elefante 
Livro 4. Gravata vermelha 
Livro 5. Santa Dica de Goiás 
Livro 6. Quando o homem engole a lua 
Livro 7: Estrela vermelha: à sombra de Maiakovski
Livro 8: Tiradentes, o Mazombo – 20 contos dramáticos 
Livro 9: Teatro total: a metodologia ThM-Theater Movement