-MinC não poderá aprovar
incentivos a eventos como o festival Rock in Rio
-Nos últimos quatro
anos, a renúncia de receitas do governo federal para ações culturais foi
superior a R$ 5 bilhões
-Eventos culturais com
" potencial lucrativo " ou que " possam atrair investimento
privado" serão proibidos de receber incentivos fiscais por meio da Lei
Rouanet, de acordo com determinação aprovada pelo TCU (Tribunal de Contas da
União) nesta quarta (3).
-Não há previsão para
que a resolução entre em vigor.
A decisão
foi tomada ao analisar a regularidade do incentivo fiscal à edição de 2011 do
Rock in Rio e ademais eventos com cobrança de ingresso e outras fontes de
receitas. Naquele ano, o festival de música, cuja receita prevista era de R$ 34
mi, captou R$ 6 mi de empresas - pessoas jurídicas que puderam abater do
Imposto de Renda 30% do valor. "
Não consigo
vislumbrar interesse público a justificar a renúncia de R$ 2 milhões de receita
do Imposto de Renda em benefício da realização de um projeto com altíssimo
potencial lucrativo, como o Rock in Rio", diz o relator do processo, o
ministro Augusto Sherman.
Nos últimos
quatro anos, a renúncia de receitas do governo federal foi superior a R$ 5
bilhões, segundo dados do MinC (Ministério da Cultura).
A
investigação começou em 2011 após denúncia do Ministério Público, que entendeu
que a Rouanet proíbe esses eventos de receber incentivo. O TCU entendeu que,
apesar de moralmente inaceitáveis, os incentivos não são ilegais.
O MinC,
responsável pela autorização dos projetos, apresentou argumento no processo
pela concessão do benefício, alegando que não poderia negar subsídio para
aqueles comercialmente lucrativos.
Mas os
ministros, que têm a palavra finais sobre os processos, concordaram com a tese
dos procuradores: o projeto tem que ter interesse público.
Segundo
Sherman, a lei determina que um fundo específico (o Ficart) deveria incentivar
projetos com fins comerciais. Como o Ficart nunca foi criado, o MinC usa, para todos
os pedidos, o Fundo Nacional de Cultura, voltado para projetos com menor
possibilidade de captar recursos.
O relatório
do TCU aponta que o patrocínio distorce os objetivos do MinC, como o incentivo
à cultura regional, já que o dinheiro prioriza as estratégias de marketing das
empresas patrocinadoras.
A decisão do
TCU não impede todos os projetos comerciais de receber incentivos - devem ser
vetados os que se mostrarem capazes de se sustentar ou que não necessitarem do
mecenato.
Segundo o TCU, o MinC tem normas internas para fazer essa distinção.
Para fazer
uso da lei, uma empresa tem que informar ao governo os valores que serão
arrecadados, o custo/benefício e o impacto do incentivo no evento. Os técnicos
do MinC têm que dar parecer dizendo se o projeto se enquadra na lei.
Em nota, o
MinC diz que, tecnicamente, todos os projetos que captam pela Rouanet são
capazes de atrair investimentos, ser potencialmente lucrativos e "não há
uma classificação a respeito do assunto". Segundo a nota, o ministério
defende mudança na lei para acabar com "distorções".
Cultura do
patrocínio
O Tribunal de Contas da União (TCU) tomou
nesta semana uma decisão que pode provocar verdadeira transformação no universo
cultural brasileiro. Proibiu que eventos lucrativos ou autossustentáveis captem
recursos por meio da Lei Rouanet.
A
determinação ainda não está em vigor, e decerto não faltarão setores
contrariados dispostos a tentar derrubá-la antes que produza algum efeito.
Em seu
formato atual, a Lei Rouanet tem-se mostrado instrumento perfeito para empresas
que querem patrocinar a atividade cultural sem gastar muito com isso. Na outra
ponta, produtores e artistas bem-sucedidos na captação de recursos nem precisam
se preocupar com as receitas da bilheteria.
Até seria
possível discutir vantagens e desvantagens do modelo se o dinheiro saísse de
carteiras privadas. No ano passado, porém, do total (R$ 1,18 bilhão) angariado
por meio da lei, 96% (R$ 1,13 bilhão) foram bancados pelos contribuintes. Ou
seja, a empresa pega uma cota de R$ 100 de patrocínio, mas desembolsa apenas R$
4,4.
O mecanismo
é conhecido. Quem direcionar verbas a projetos aprovados com base em critérios
técnicos pode descontar de 30% a 100% desse valor do Imposto de Renda devido.
O fato de o
governo abrir mão dessas cifras sempre suscitou questionamentos. O montante
deveria ser destinado a iniciativas que sobreviveriam sem auxílio oficial? Não
seria melhor direcionar os recursos para outros fins?
Ao analisar
o "Rock in Rio", o TCU chegou a uma resposta. "Não consigo
vislumbrar interesse público a justificar a renúncia de R$ 2 milhões de receita
do Imposto de Renda em benefício da realização de um projeto com altíssimo
potencial lucrativo", disse o relator do caso, ministro Augusto Sherman.
Tem toda
razão. Como esta Folha há muito defende, o estímulo estatal na área da cultura
deve voltar-se às frentes de formação (bibliotecas, cursos, salas), à
preservação do patrimônio histórico e a setores que que não encontrem
sustentação no mercado.
Da Folha de São Paulo
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Os contos:
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2. Nossa Senhora e seu dia de cão
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara
4. O lugar de coração partido
5. O santo sudário
6. Quando o homem engole a lua
7. Anos de intensa dor e martírio
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro
9. O desterro, a conquista
10. Como se repudia o asco
11. O ladrão de sonhos alheios
12. A máquina de moer carne
13. O santuário dos skinheads
14. A sorte lançada
15. O mensageiro do diabo
16. Michelle ou a Bomba F
17. A dor que nem os espíritos suportam
18. O estupro
19. A hora
20. As camas de cimento nu
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I – Coleção Educação, Teatro & Folclore (peças teatrais infanto-juvenis):
Livro 1. O coronel e o juízo final
Livro 2. A noite do terror
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Livro 4. Cobra Honorato
Livro 5. A Mula sem cabeça
Livro 6. Iara, a mãe d’água
Livro 7. Caipora
Livro 8. O Negrinho Pastoreiro
Livro 9. Romãozinho, o fogo fátuo
Livro 10. Saci Pererê
II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis):
Livro 1. Não é melhor saber dividir
Livro 2. Eu compro, tu compras, ele compra
Livro 3. A cigarra e as formiguinhas
Livro 4. A lebre e a tartaruga
Livro 5. O galo e a raposa
Livro 6. Todas as cores são legais
Livro 7. Verde que te quero verde
Livro 8. Como é bom ser diferente
Livro 9. O bruxo Esculfield do castelo de Chamberleim
Livro 10. Quem vai querer a nova escola
III – Coleção Educação, Teatro & Democracia (peças teatrais infanto-juvenis):
Livro 1. A bruxa chegou... pequem a bruxa
Livro 2. Carrossel azul
Livro 3. Quem tenta agradar todo mundo não agrada ninguém
Livro 4. O dia em que o mundo apagou
IV – Coleção Educação, Teatro & História (peças teatrais juvenis):
Livro 1. Todo dia é dia de independência
Livro 2. Todo dia é dia de consciência negra
Livro 3. Todo dia é dia de meio ambiente
Livro 4. Todo dia é dia de índio
V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis):
Livro 1. O mito de Sísifo
Livro 2. O mito de Midas
Livro 3. A Caixa de Pandora
Livro 4. O mito de Édipo.
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Livro 2. 555 exercícios, jogos e laboratórios para aprimorar a redação da peça teatral: a arte da dramaturgia
Livro 3. Amor de elefante
Livro 4. Gravata vermelha
Livro 5. Santa Dica de Goiás
Livro 6. Quando o homem engole a lua
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