Por Sonia Racy, no Estadão
Ainda que só 3% dos brasileiros afirmem ser
corruptos, 70% admitem ter tomado ao menos uma “atitude corrupta” durante a
vida. E mais: mesmo se considerando honestos, 80% conhecem alguém que cometeu
algum tipo de ilegalidade.
A pesquisa fresquinha do Data Popular, capitaneado
por Renato Meirelles, dá uma
nítida dimensão do que são as microcorrupções diárias – tema do levantamento
feito com 3,5 mil entrevistados.
O outro 2
Comprou algum produto pirata? 67% dizem que sim.
Recebeu troco e não devolveu a diferença? 21% admitem que sim — e outros
46% informam que não, mas admitem ter conhecimento de alguém que fez isso.
Pagou propina a um policial ou agente de fiscalização? A porcentagem cai para
7% mas outros 19% juram conhecer gente que subornou.
Declarou ou deixou de declarar alguma coisa para a
RF visando restituição? Só 1% confirma a malandragem. Mas, a exemplo do que
ocorre em outras respostas, 15% dos entrevistados apontam alguém que faz
isso sistematicamente.
O outro 3
Meirelles constata que a corrupção está enraizada a
tal ponto no País que o brasileiro não se percebe como corrupto. “Se acha
isento nas pequenas corrupções de que se beneficia e critica as grandes, nas quais
se acha lesado.”
O problema do Brasil é endêmico e segundo o
pesquisador, só vai se resolver estruturalmente com a devida condenação
ensinada permanentemente nas escolas.
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Quando ocorre o massacre de Canudos, em 1897, Alfredo dá a extrema unção a Antônio Conselheiro e recebe dele uma missão secreta. Alfredo era o braço direito e o chefe da Guarda Pessoal do Conselheiro – a Guarda Católica. Recebida do beato a missão secreta, Alfredo foge da cena do massacre com a família, e por 28 anos vaga pelo interior do país, em busca de Lagolândia, terra onde o beato de Belo Monte previu o aparecimento de Santa Dica.