Cientista e filósofo defendia ideia de que robôs vão superar humanos. Pesquisador criou redes de computação 'neurais', inspiradas na biologia.
O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) anunciou na noite desta segunda-feira (25) a morte de Marvin Minsky, considerado pela entidade um dos pais da inteligência artificial.
Aos 88 anos de idade, o matemático e cientista da computação havia sofrido uma hemorragia cerebral e morrido no dia anterior no Hospital Brigham and Women’s, de Boston.
"Minsky enxergou o cérebro como uma máquina cujo funcionamento pode ser estudado e replicado em um computador, algo que nos ensinaria, em contrapartida, a compreender melhor o cérebro humano e as funções mentais de alto nível", afirmou um comunicado do instituto.
Após estudar em Harvard e Princeton, duas das universidades mais prestigiadas dos EUA, o matemático começou a trabalhar no MIT em 1958. Ali, criou pela primeira vez mãos robóticas capazes de manipular objetos, criou softwares para simular raciocínio humano e escreveu livros sobre implicações filosóficas da inteligência artificial.
Minsky também foi pioneiro na criação das chamadas "redes neurais", sistemas de processamento inspirados na biologia do cérebro.
Realidade e ficção
“Os desafios que ele definiu ainda estão movendo nossa busca por máquinas inteligentes e inspirando pesquisadores", afirmou Daniela Rus, diretora do laboratório de computação criado por Minsky na instituição.
Minsky foi um dos primeiros pesquisadores da área a defenderem a ideia de que robôs poderiam um dia superar em inteligência os humanos que os criaram, ideia originada na ficção científica.
Seu livro mais influente foi "The Society of Mind" (A Sociedade da Mente), onde defende uma teoria sobre como a inteligência emerge espontaneamente a partir de interações complexas entre elementos separados.
Minsky deixa sua mulher, a médica Gloria Rudisch Minsky, e três filhos.
Do portal G1.com