sábado, 16 de janeiro de 2016

Ariosto e os Árabes


No poema medieval "Orlando Furioso", de Ariosto, o cavaleiro Rogério em seu cavalo-pássaro salva a
princesa Angélica do dragão marinho. Tela de Jean Auguste Baptiste Ingres (1819)


Ninguém sozinho pode escrever um livro

Para que um livro seja verdadeiramente,

Se requerem a aurora e o poente,

Séculos, armas e o mar que une e separa.

Assim o pensou Ariosto, que no agrado

Lento se deu, no ócio de caminhos

de claros mármores e negros pinos

de volta a sonhar o já sonhado (…)



Jorge Luis Borges