terça-feira, 4 de novembro de 2014

América Latina quer aumentar investimento em educação e reduzir desigualdade



EFE | LIMA
Os ministros de Educação e delegados ministeriais de 38 países latino-americanos iniciaram nesta quinta-feira em Lima uma reunião para debater os desafios em matéria educativa da região para os próximos 15 anos, entre os quais se propõe investir mais em educação de qualidade para reduzir a pobreza e a desigualdade.
O encontro regional, denominado "Educação para Todos na América Latina e no Caribe: Balanço e desafios pós 2015", concluirá amanhã com a assinatura da declaração de Lima, que refletirá os acordos regionais para a agenda educativa que marcará a pauta das políticas do setor entre 2015 e 2030.
Mministros de Educação e delegados ministeriais de 38 países latino-americanos se reuniram nesta quinta-feira, em Lima (Peru). EFE
Mministros de Educação e delegados ministeriais de 38 países latino-americanos se reuniram nesta quinta-feira, em Lima (Peru). EFE
A reunião foi inaugurada pelo subdiretor-general de Educação da Unesco, Qian Tang, o diretor do escritório regional de Educação para a América Latina e Caribe da Unesco, Jorge Sequeira, o assessor em Educação do Unicef, Jordan Naidoo, além do ministro de Educação peruano, Jaime Saavedra.
O debate dos ministros tem como eixo a proposta de aumentar o gasto público em educação para diminuir a pobreza e a desigualdade, identificados como grandes barreiras para expandir a educação de qualidade.
Segundo Tang, o aumento do gasto público em educação deve dirigir-se a dar maior qualidade ao ensino, "o maior desafio da agenda educativa em nível global", ao reconhecer que nos últimos 15 anos se avançou notavelmente no acesso à educação.
"Agora há mais estudantes nas escolas, mas a questão é: elas recebem um ensino bom? Segundo a Unesco, há 250 milhões de crianças no mundo que carecem das habilidades necessárias para ler e escrever", declarou.
Por sua vez, Saavedra destacou que países como Brasil, Chile e Equador aumentaram seu gasto público em educação até alcançar entre 4% e 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
O ministro de Educação peruano também ressaltou a necessidade que a região siga trabalhando na redução do analfabetismo e no aumento da cobertura do ensino inicial, primário e médio, além de facilitar o acesso à educação a adultos.
Durante o encontro de ministros também acontecerão reuniões bilaterais para concretizar alianças estratégicas.
Na conclusão da cúpula será assinado um roteiro com as propostas regionais para a futura agenda educativa, que será debatida no Fórum Mundial de Educação, entre os dias 19 e 22 de maio do próximo ano na Coreia do Sul.