Países ocidentais
enfrentam um dilema no Conselho de Direitos Humanos da ONU: confrontar a China
por violações de direitos humanos em sua região de Xinjiang e arriscar falhar
ou perder a maior oportunidade de responsabilização em anos.
Um relatório do escritório
de direitos humanos da ONU de 31 de agosto revelou que a "detenção
arbitrária e discriminatória" de uigures e outros muçulmanos na China pode
constituir crime contra a humanidade. A China nega veementemente qualquer
abuso.
A alta comissária da ONU
para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, cujo gabinete foi responsável pela
divulgação do relatório, já concluiu seu mandato.
Seu sucessor, o austríaco
Volker Turk, ainda não está em Genebra e não há qualquer ação de acompanhamento
formalizada na agenda lotada do conselho que inclui as crises na Ucrânia e na
Etiópia. Isso significa que qualquer medida sobre a China poderá ter de ser
iniciada por uma das 47 nações que compõem o conselho encarregado de promover e
proteger os direitos humanos globalmente.
Diplomatas ocidentais
disseram que um grupo de democracias está considerando uma série de opções,
incluindo uma resolução sobre a China pela primeira vez em 16 anos de história
do conselho - uma medida que pode incluir um mecanismo de investigação.
Reuters, Emma Farge
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