domingo, 1 de maio de 2022

'Onde está o bacurau?': projeto em Uberaba recebe mais de R$ 260 mil em recurso para preservar ave ameaçada de extinção


Estudo será feito pela Funepu. Objetivo será encontrar novas populações do bacurau-de-rabo-branco no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

 

Um termo de destinação de R$ 260.060,00 ao projeto “Onde está o bacurau?” foi assinado em Uberaba para estudo de preservação da espécie do bacurau-de-rabo-branco, ave ameaçada de extinção. O recurso é da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Paranaíba e Baixo Rio Grande. O termo foi assinado na última quarta-feira (20) pela Prefeitura com a Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), responsável pelo estudo.

Conforme a Prefeitura, o projeto tem duração de dois anos. O objetivo será encontrar novas populações dessa ave no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, de modo a identificar as principais ameaças e propor ações para conservação e, assim, auxiliar na redução do status de ameaça de extinção.

Com as informações captadas, será possível auxiliar o licenciamento ambiental de empreendimentos minerários e agrossilvipastoris em relação a medidas de mitigação, como também potencializar geração de renda e emprego a partir do turismo de observação de vida silvestre.

A prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) afirmou que o projeto dará visibilidade ao turismo rural, uma das forças e potencialidades no Município e que deve ser explorada.


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“Nosso governo tem o compromisso com o meio ambiente, em manter esse equilíbrio e prover a sustentabilidade dentro de uma perspectiva econômica. Com essas parcerias, Uberaba só tem a ganhar, assim como o meio ambiente e o desenvolvimento. Com esse projeto, além de incentivar o turismo, outras espécies também serão preservadas”, ressaltou.

O promotor Carlos Valera, coordenador regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, comentou que projetos como este acendem no Ministério Público a esperança de que as propriedades podem ter outras utilidades que não a produção intensificada.

“Esse recurso vem de medidas compensatórias impostas àqueles que transgrediram as normas ambientais, criando um círculo virtuoso, porém a penalização vem por meio de um ajustamento de conduta e os recursos passam a beneficiar a população que sofreu aquele crime ambiental”, acrescentou.

O diretor de Sustentabilidade da Associação de Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá), Gustavo Malacco, disse que o turismo de observação de aves é um turismo importante pelo mundo e que Uberaba é o melhor local para observar o bacurau-de-rabo-branco.

Também estiveram presentes na solenidade de assinatura do termo a coordenadora Administrativa da Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), Keila Cristina Telles Furtado; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Rui Ramos; a diretora de Turismo, Feiras e Eventos, Maria Aparecida Basílio; o secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Vinícius Arcanjo; a secretária de Educação, Sidnéia Zafalon; a secretária de Comunicação, Celi Camargo; e a representante da vereadora Rochelle (PP), Gabriela Bento.

g1.globo.com


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