Esta foto tirada em 18 de março de 2022 mostra a jornalista Marta Oliyarnyk, no estúdio da estação de rádio local "Lvivska Khvilya" na cidade ucraniana de Lviv (AFP/Aleksey Filippov)
O júri que concede o Pulitzer prestigiou, nesta segunda-feira (9), com uma "menção especial" os jornalistas ucranianos por seu "valor, resistência e compromisso" na cobertura da invasão do seu país pela Rússia.
Os jornalistas ucranianos
receberam uma "menção especial" durante o anúncio dos vencedores da
edição de 2022 dos prêmios concedidos anualmente pela Universidade de Columbia,
em Nova York.
"O júri dos prêmios
Pulitzer tem o prazer de conceder uma menção especial aos jornalistas
ucranianos por sua coragem, resistência e compromisso com a verdade durante a
implacável invasão do seu país por Vladimir Putin e a sua guerra de propaganda
na Rússia", disse a administradora dos prêmios, Marjorie Miller.
"Apesar dos
bombardeios, dos sequestros, da ocupação e até mesmo dos mortos em suas
fileiras, (os jornalistas ucranianos) perseveraram para oferecer uma imagem
precisa de uma realidade terrível, trazendo honra à Ucrânia e jornalistas de
todo o mundo", disse Miller na cerimônia de entrega dos prêmios em Nova
York.
Segundo o Comitê para a
Proteção dos Jornalistas (CPJ), uma ONG internacional com sede em Nova York,
sete jornalistas - três deles ucranianos - morreram na Ucrânia desde a invasão
russa, que teve inicio em 24 de fevereiro.
O The New York Times levou
três prêmios.
O jornal venceu na categoria
de informação internacional por relatar mortes de civis em bombardeios aéreos
liderados pelos Estados Unidos no Oriente Médio, particularmente no Iraque,
Síria e Afeganistão.
Também foi vencedor por sua
investigação sobre as operações policiais mortais nos Estados Unidos.
A jornalista Salamishah
Tillet ganhou a categoria de crítica por seus artigos sobre racismo na arte e
na cultura.
O The Washington Post foi o
vencedor na categoria de serviço público por seu "relato convincente e
vívido" da invasão dos apoiadores do ex-presidente Donald Trump ao
Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Cinco fotógrafos da agência
Getty ganharam na categoria de fotografia pela cobertura gráfica que fizeram
deste mesmo evento.
Dividem o prêmio com Marcus
Yam do Los Angeles Times, que foi reconhecido por suas imagens da saída das
forças americanas do Afeganistão em agosto passado.
Quatro fotógrafos da agência
Reuters, entre eles Danish Siddiqui, que morreu enquanto cobria a batalha entre
as forças de segurança afegãs e os talibãs em julho, venceram na categoria de
reportagem por documentar a batalha da Índia contra a covid-19.
(nr/af/ll/ap/mvv), AFP
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