quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O que Lou Reed estava ouvindo?


Por Jessica Soares, na Super Interessante

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“Música é tudo. As pessoas deviam morrer por ela. Estão morrendo por qualquer outra coisa, então por que não pela música?”, declarou certa vez o músico de personalidade ácida, Lou Reed, que faleceu em uma manhã do domingo, no dia 27 de outubro. Com quase cinco décadas de carreira, a influência de Lou no mundo da música não é medida em discos de platina – nunca foi um grande vendedor de álbuns, mas começou a fazer história em 1964, quando fundou a banda The Velvet Underground, que sacudiu o cenário dominado pelo rock psicodélico. A banda, apadrinhada pelo artista Andy Warhol (que emprestou uma de suas ilustrações para a capa do primeiro e icônico álbum do grupo, de 1967), tinha como personagens de suas músicas doidos, prostitutas, traficantes, ladrões – a galerinha da pesada de Nova York. Gravou quatro discos com a banda antes de partir para a carreira solo, marcada tanto por radicalismos musicais quanto por seu mau humor característico.
Em 2013, com 71 anos e saúde debilitada (foi submetido a um transplante de fígado em abril), o artista, que lançou seu último álbum, Lulu (2011), em parceria com o Metallica, não queria saber de ficar parado, e participou de uma turnê para a divulgação de um livro de fotografias clicadas por Mick Rock. Estava também ligado ao cenário atual da música – além de não poupar elogios ao álbum Yeesus, de Kayne West, sua playlist no Spotify (serviço de streaming musical) era uma mistura de hits atuais e clássicos atemporais. Abaixo, você pode escutar as canções que estavam na lista intitulada “o que estou ouvindo agora” do músico:

Come on a cone, de Nicki Minaj (2012)


Spiritual rebirth, de Albert Ayler (1966)
Clique aqui, para ouvir.

Ooby Dooby, de Roy Orbison (1956)


Life in paper, de Fucked Up (2011)


I’ll be loving you, de The King Khan & BBQ Show (2009)



Waymore’s Blues, de Waylon Jennings (1975)


Kali Yuga, de Georgia Anne Muldrow (2012)


Crazy in love, de Antony and The Johnsons (2009)


I asked for water (she gave me gasoline), de Howlin’ Wolf (1959)


That Lonesome Road, de Lonnie Johnson (1942)


Shake, de Otis Redding (1965)


My heart cries, de Etta James (1959)


The maid needs a maid, de Emily Haines (2006)


Dark parts, de Perfume Genius (2012)



Melted, de Ty Segall (2010)