segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Unesco diz que mundo precisa de 69 milhões de novos professores até 2030

De acordo com a Unesco, o mundo precisa formar 69 milhões de novos professores até 2030. EFE/Felipe Chacón
O mundo precisa formar 69 milhões de novos professores para conseguir proporcionar acesso universal à educação primária e secundária de qualidade e cumprir assim com um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) fixados no ano passado, indicou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) através de um relatório lançado hoje, quando é comemorado Dia Mundial do Professor, data instituída em 1966.

Nos próximos 14 anos, serão necessários mais 24,4 milhões de professores de primário e mais 44,4 milhões de docentes do ensino médio, principalmente destinados à África Subsaariana e à Ásia.
Com um enorme déficit de professores e grande potencial de crescimento de população, a África representa a maior urgência no tema, tendo a necessidade de 17 milhões de professores de primário e de ensino médio. Já na Ásia Meridional, onde apenas 65% dos jovens estão na escola e onde existe, em média, 1 professor para cada 29 alunos, frente a média mundial que é de 1 docente para cada 18 estudantes, serão necessários 15 milhões de profissionais até 2030, a maioria deles de ensino médio.
De acordo com dados da Unesco, outras regiões do mundo também enfrentam importantes desafios, já que a guerra na Síria e no Iraque, por exemplo, destruiu muitas instituições de ensino e teve "efeitos chocantes nos países vizinhos, que tentam fazer frente às inúmeras crianças e jovens refugiados que chegam e que precisam de vagas e professores".
"Os professores não apenas ajudam a construir o futuro individual de milhões de crianças - eles também ajudam a construir um mundo melhor para todos. Como podemos formar esses novos professores e atraí-los para a profissão essencial do ensino quando, em todo o mundo, muitos docentes têm formação deficiente, são mal pagos e subvalorizados?", afirmou a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.
Em mensagem conjunta assinada pelos diretores da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da organização Education International, ela enfatizou as "contribuições ilimitadas realizadas por professores em todo o mundo".
Na lista de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aprovados pela Assembleia Geral da ONU no final do ano passado, o de número 4 diz que os líderes mundiais se comprometem em "assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos até 2030".
"A situação é urgente, porque calcula-se que existam no mundo 263 milhões de crianças e jovens fora da escola", indicou a nota da Unesco.
Durante os eventos comemorativos pelo Dia Mundial do Professor, a Unesco entregará ao programa "SeeBeyondBorders", que luta para melhorar a qualidade do ensino no Camboja, o prêmio Unesco-Hamdan Bin Rashid Al Maktoum destinado às iniciativas de melhorias na eficiência dos docentes.
EFE
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Nesta peça teatral o autor discute as candentes questões que envolvem a educação no país, e o faz quebrando a rigidez e a complexidade dos temas enfocados, tornando-os – através de uma abordagem lúdica e criativa - de simples compreensão. 

Neste contexto, são evidenciados, no enredo, problemas que estão a comprometer a educação: o volume dos recursos orçamentários alocados; a qualidade do ensino; a pedagogia modelada pela ideologia; cotas e valores; a gestão, a democratização e a sustentabilidade do sistema; dentre outros. 

Para quebrar o clima que reflexões sobre assuntos de tamanha importância carregam, a trama é desenvolvida com profusão de cenas hilárias, quadros divertidos, personagens pitorescas, explorando o humor leve e inteligente, característica das comédias gregas encenadas na antiguidade.