quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Amazon começa a vender livros físicos no Brasil



Por GUILHERME FELITTI, na revista Época-Negócios
A Amazon começa a vender livros físicos nesta quinta-feira (21) para consumidores brasileiros. A estreia acontece a tempo da inauguração da 23ª Bienal do Livrode São Paulo, que começa nesta sexta (22) na capital paulista.  A loja entrará no ar ao longo do dia – a Amazon não fixou uma data.
No site, consumidores poderão encontrar um catálogo com mais de 150 mil títulos de editores como Companhia das Letras, Record, Intrinseca e Globo Livros (parte das Organizações Globo, que também edita Época NEGÓCIOS).
Segundo o diretor geral da Amazon no Brasil, Alex Szapiro, o catálogo ofertado é o maior entre todos os sites que vendem livros no Brasil. Oficialmente, a Saraiva, maior rival online da Amazon no Brasil, não comenta, mas fontes de mercado muito próxima à rede de livrarias diz que seu catálogo é maior, sem especificar um número exato.
Clientes de alguns bairros da cidade São Paulo que fecharam seu pedido antes das 11 horas receberão os livros até o dia seguinte. Szapiro também anunciou que compras acima de 69 reais terão frete gratuito para todo o Brasil, sem atraso no prazo de entrega.
É a segunda categoria de produtos físicos que a gigante de comércio eletrônico passa a vender no Brasil. Em fevereiro, a empresa começou a vender diretamente ao consumidor seu leitor digital, o Kindle. Até ali, quem quisesse comprar o gadget precisava recorrer a parceiros, como o Ponto Frio e a Livraria da Vila.
O início da venda de livros físicos acontece 20 meses depois do lançamento da loja de livros eletrônicos, primeira investida da Amazon no mercado editorial brasileiro. No lançamento, eram 13 mil livros disponíveis. Hoje, o número é maior que 35 mil títulos.
Nos bastidores, a entrada da Amazon em livros físicas vinha sendo planejada há mais de um ano. Nos últimos meses, a empresa já tinha fechado contratos tanto com as editoras como com quatro empresas de logística (Total Express, Luft, Directa e Completa) para fazer a entrega de pacotes pequenos.
Como ainda não tem um centro de distribuição, a Amazon precisava levar os livros das editoras para os galpões das distribuidoras. Houve problemas neste processo, o que fez com que a estreia demorasse um pouco mais, como conta a reportagem O efeito Amazon, publicada na capa da edição de junho da NEGÓCIOS.
Além da venda de livros e Kindles, a Amazon opera no Brasil o Amazon Web Service (AWS), seu serviço de aluguel de processamento e armazenamento nos seus servidores, tendência popularmente conhecida como computação em nuvem, desde dezembro de 2011.